O Inimigo Mora ao Lado

Quando o Mestre pensa nos inimigos que irá criar para os PJs, costuma pensar em um NPC com características chamativas, uma organização com uma hierarquia complexa, ou mesmo em objetivos bem definidos. Aliado a isto tudo, podemos pensar em fazer do inimigo alguém próximo ao PJ ou aos PJs. Digamos que o objetivo do inimigo do grupo de PJs seja matar o rei, pois o monarca ordenou que incendiassem o vilarejo onde morava a família deste inimigo. Temos um vilão interessante, com metas

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Bater ou Correr... Morrer é uma escolha ?

Perder um personagem, perder algo que tu criaste, desenvolveu uma história em cima dele, escolheu cada ponto para que ele ficasse como você o imaginou e de repente perdê-lo no desenrolar da história. É, isso não é nada animador, principalmente quando se está jogando com ele há muitas sessões e então o que fazer ? Algumas coisas desse gênero são abordadas nessa matéria aqui, mas o que eu quero realmente tocar hoje são todos os acontecimentos que levaram a essa morte com mais profundidade....

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Sistemas: Savage Worlds

Savage Worlds é um sistema que abrange uma gama de possibilidades para os jogadores e o mestre pois o processo de geração de base de personagens é um sistema baseado nas competências e características de cada um, sem classe e progressões de níveis pré-determinadas. Nesse aspecto se assemelha a “Mutantes e Malfeitores” sistema de domínio d20. Só que claro, mais voltada para a parte de Super Heróis e comics. Mas esse é um dos únicos conceitos semelhantes, ao resto se difere. O melhor do sistema é que ele também é reproduzível em qualquer cenário e isso incluí medievais, renascentistas, modernos, futuristas e atuais....

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Livro dos Monstros - Você realmente precisa disso ?

Monstros: Ah sim eles são esplendorosamentes terríveis. Alguns tem escamas, caudas, asas, 3, 4, 100 olhos, habilidades sobrenaturais, psíquicas, controle de elementos e as mais variadas formas distintas que podemos imaginar. Ah sim podemos imaginar, mas realmente precisamos de uma apêndice de monstros com características totalmente definidas com Nível de Desafio estipulado e tudo mais ? Você talvez deva estar pensando que sim, mas....

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"Se um grifo não consegue se destacar no jogo, um gato não vai conseguir"

-jogador de um personagem cavaleiros dos céus, sobre o comentário do Mestre de que o gato da maga não estava tendo muito destaque nos jogos


Por Zell
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domingo, 21 de agosto de 2011

Quem conta um conto aumenta um ponto II

No primeiro post vimos que acontecimentos acabam se modificando a cada vez que são contados, em um processo natural de relatar algo pouco conhecido de forma pouco precisa, ou com precisão incerta.
Agora veremos que a modificação da veracidade de fatos pode ser proposital, o que é ainda mais interessante para desenvolver histórias.
Embora seja interessante o Mestre mostrar que os acontecimentos se modificam conforme são contados e recontados, os jogadores descobrirem que os 10 gigantes que foram enfrentar são na verdade 5 ou 6 orcs causaria uma decepção. Se esta sensação for corriqueira, a verossimilhança do mundo de jogo onde os ganchos de aventuras podem ter muito de boato dá lugar ao sentimento de chatice.
Mas pode ser interessante o Mestre colocar que a modificação em um acontecimento não advém da recontagem inúmera dele, mas sim de intenções por trás deste acontecimento.
Imagine um reino governado por um déspota onde os bardos contam histórias grandiosas e fantásticas, como todos os bardos, mas modificam-nas para aumentar a sensação de que estradas são perigosas e repletas de monstros. A maioria da população ficaria com medo de sair de sua cidade, mesmo esta sendo governada por um nobre opressivo, se acham que tem muitos bandidos nas estradas, ou um covil de gigantes perto, afinal canções sobre o tal covil são contadas por diversos bardos há anos... Já os PJs achariam isto algo interessante e iriam resolver o tal problema, mas descobriram que os gigantes são somente orcs!
O inverso também poderia ocorrer, com bardos “oficiais” minimizando os problemas de um reino, relatando feitos heróicos e grandiosos para “distrair” a população dos problemas do dia-a-dia. Imagine que todos os contos e canções bárdicas de um reino despótico destaque a força de vontade e determinação de heróis lutando contra monstros, que incentiva a população a ter força de vontade e suportar as condições ruins da vida de opressão e pobreza que possuem. Ou ainda as canções tenham outro ensinamento, como pregando histórias de indivíduos que “saem da linha” (revoltam-se contra padres, traem esposa, roubam amigos) e por isso são mostrados como párias.
Mas voltando ao foco do post (embora isso tenha me dado idéia pra outro post), estes bardos ou relatores de história não precisam ser servos de um governo, mas até o contrário. Os PJs poderiam começar uma aventura para salvar uma princesa que fugiu do castelo, mas só depois descobriam que a fuga nunca ocorreu, tendo sido inventada por bardos opositores ao rei para passar uma imagem de que este possui uma filha rebelde e não consegue comandar a própria família (Rhana feelings!).

Se o seu grupo de jogo utiliza um material de campanha como um jornal, seria muito interessante que este apresentasse notícias influenciadas por quem produz o jornal (seja um governo, uma organização, um grupo de pessoas), que também faria a população (e os PJs) acreditarem em inverdades.

Por fim, também vamos pensar na intenção dos bardos em modificar histórias, mas não regadas com desejo de influenciar pessoas, enganar populações nem nada disso.
Muitos bardos, e diria que a maioria, já que normalmente estes não são ligados a instituições ou pessoas, sendo mais independentes, teriam o costume de modificarem as histórias para torná-las mais interessantes, sendo melhor recebidas pelo seu público. Não é difícil de imaginar isso, afinal se um bardo visse uma luta de aventureiros contra um ogre na qual 2 destes morreram e a vitória foi conseguida mais por sorte, já que eram inexperientes e ingênuos em combate, muito mais interessante é contar a história onde o ogre era muito poderoso, e por isso matou 2, ou a inexperiência foi compensada com força de vontade para prosseguir na luta (Seiya, alguém?!), algo assim.
Imagina então se um nobre contratasse um bardo para escrever história dele ou de alguém que goste, certamente se enalteceria muito o que pode ser bem enfadonho, e “puxaria a brasa pro assado” do contratante, usando uma expressão sulista (e próximo do ocorrido na obra Eneida, de Virgílio).
No último post da série trataremos da imagem de heróis e vilões que é passada através de bardos e dos boatos.



domingo, 8 de maio de 2011

A maestria de um Monge e seus votos

Monge sábio! Há muito tempo nas nossas histórias. Retratos fiéis da pessoa que voltou sua vida para sabedoria. Voltou sua vida para o códice da vida, regando uma vida com afinco em seus objetivos e causas. No mais, monges não são apenas sábios eles possuem sim muito conhecimento, mas não é apenas isso que define um monge. Do clássico da idade média, eram homens que tinham uma vida retirada da sociedade para servir unicamente a sua religião adotando uma vida mundana com um dia-a-dia pacato, porém cheio de obrigações diárias visando sempre manter a disciplina e a concentração. No oriente essa disciplina já está mais atrelada ao controle do Chi, da energia espiritual e para assim mantê-la controlada atrelam sua força a um treinamento em artes marcias fazendo-o de seu próprio corpo a melhor arma e a melhor defesa. Já no ocidente monges eram mais pacatos atrelados a meros votos clericais da igreja católica.


Um monge não vira do dia para noite!
Os monges que são muito honradamente lembrados são sim os do oriente. São anos de treinamento e estudos, sabedoria não vem do além, não nascemos com ela. Dês de andarilhos que criam sua própria arte, seu própio códice de disciplina até altos e refinados mosteiros isolados nos confins, todos possuem regras de disciplina, falo muito nessa palavra por que é o que marca um monge. Podendo ele ser uma pessoa bondosa o que 99% das vezes apresentam-se em estereótipos ou mesmo de má índole, o que realmente irá unir monges com ensinamentos e preceitos contrários será a disciplina. Ela fundamental para qualquer um que se atrave a mensurar a ideia de levar uma vida desse modo.

É com prazer!
Eles não são obrigados a serem o que são, mesmo que no início possam ter sido orientados ou forçados a entrar num mosteiro, eles são e continuarão sendo por gosto e não por uma praga, por obrigação ou coisa do gênero. Além disso, monges são muito lembrados por seus códigos de honra que os engrandecem! Seja de forma religiosa, perante a sociedade ou simplesmente a si próprios.

Um voto de pobreza nada mais é do que se desapegar totalmente aos bens materiais. Em um jogo muitas vezes os jogadores não tomaram parte de um voto tão ferrenho quanto esse. Pois abdicariam de todos os muitos tesouros que poderiam encontrar pela frente! Dês de itens mágicos a enormes outras fortunas. Mas o fato é que se bem explorado pelo mestre um voto como esse na mão de um jogador, tendo um pouco de maturidade é claro, pode ser muito interessante. Por que muito além de recompensas materiais um monge com tal voto pode receber por suas aventuras outras recompensas que transcendem itens! Afinal muito vale ser reconhecido por muitos, ter respeito da nobreza, ter acesso ao conhecimento infindável e aceitar benções muito valorosas que podem lhe trazer mais força para continuar seguindo o seu rumo regado de atos de bondade e gentilezas. Esse voto pode ser muito bem aproveitado e traria muita riqueza para a mesa.

A sabedoria... Como já dizia uma passagem do "Vendedor de Sonhos": "Quando considero a brevidade da existência dentro do pequeno parêntese do tempo e reflito sobre tudo o que está além de mim e depois de mim, enxergo minha pequenez. Quando considero que um dia tombarei no silêncio de um túmulo, tragado pela vastidão da existência, compreendo minhas extensas limitações e, ao deparar com elas, deixo de ser deus e liberto-me para ser apenas um ser humano. Saio da condição de centro do universo para ser apenas um andante nas trajetórias que desconheço.. "

Chega a ser um exagero de sabedoria! Qual seria o desafio de um monge? Qual seriam os objetivos de um monge no RPG que jogaram hoje? Já se perguntaram isso para cada classe que escolhem e rabiscam na folha? Na maioria das vezes isso passa batido. Pensar o personagem e depois fazer a ficha também já foi muito falado por aí. Mas se pensarmos os objetivos que terão aquele personagem que seguiu aquelas características para se tornar um monge, poderemos com muita mais maestria interpretar uma classe assim. 

Um voto de honra é um voto que está atrelado a várias classes de um RPG. Ser leal, gentil, não machucar mulheres e crianças e proteger os indefesos ou incapazes. Isso se trata de um profundo aspecto de um monge e os mestres não devem usurpar desse voto contra um monge, joga-lo encima dele. Mas deve lápida-lo pouco a pouco e ver como o jogador vai lidando com isso durante o jogo. Apresentar problemas do cotidiano que por ventura podem parecer pequenos, mas que pode virar uma bola de neve se um jogador não souber lidar com ele. Uma simples camponesa que está sendo cobrada por guardas reais e que ameaçam pegar tudo que ela tem, pode ser algo simples de resolver ou pode se complicar. Dar algumas moedas para que os guardas vão embora é uma medida rápida e eficaz, agora confrontá-los e ver até onde eles vão pode provocar atenção demais para aquele pacato aventureiro que chegou à cidade. Ser sutil com os votos de um monge e ir lapidando-os é a melhor forma de refinar a interpretação de um jogador.

Monges podem ser bons ou maus, dependendo da linha filosófica adotada por sua ordem ou monastério (ou possível juramento). Algumas podem pregar o bem e a ajuda ao próximo como meio de alcançar a perfeição. Outras podem pregar que uma pessoa deve tomar qualquer caminho necessário para alcançar a perfeição, não importando se você deverá passar por cima de uma ou duas pessoas para fazer isso. Essa perfeição vai ser também muito distinta para monges diversos.

Monges são sábios acima de tudo e devem usar essa sabedoria para confrontar os seus desafios. Antes de entrar soqueando tudo que é porta, pode-se pensar em jeitos mais propícios de enfrentar um adversário.

Um baita abraço, Luke!


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Os mistérios e tesouros de um Bardo

Bardo! Errante! Contador de Histórias! Cancioneiro! A classe da música, das aventuras e da boêmia. Um bardo, na história da Europa, era uma pessoa encarregada de transmitir as histórias, as lendas e poemas de forma oral, cantando a história de seus povos em poemas recitados. Normalmente contratos por nobres para trabalhar em virtude de seu nome, elevando o posto de seu nobre e divulgando-o para todo o lugarejo que visitava. Um bardo muito mais que um contador de histórias ele é um evocador da cultura ele é um livro interativo capaz de saber das mais diversas coisas e assuntos. Bardos embora possam não ser os mais combativos fazem toda a diferença num mundo medieval. São considerados homens de suporte ao grupo muitas vezes e assim desempenhando um papel fundamental para a perpetuação de um grupo. Não que seja alguém indispensável mas há muito que pode ser explorado com esse digno titulo de classe. Bardos são sábios Seu ponto mais vital é o conhecimento adquirido pelos lugares que passa e é a sua recompensa mais valorosa. Os mistérios mais sagazes e aventurados podem ser recitados com algumas palavras de seu alto conhecimento. Junto com sua música e perspicácia ele detém a palavra e provavelmente sempre deterá a razão diante de seu público. Não julga-lo como coadjuvante pois sua experiência pode contar muito para resolver mistérios, decifrar enigmas e convencer pessoas sem usar a força. Suas habilidades vão muito além de persuadir pessoas e convence-las pois suas técnicas e tipos de músicas ,sejam elas cantadas ou tocadas por um instrumento milaborante, podem ovacionar um grupo inteiro e encoraja-los às mais difíceis aventuras e monstros que possam haver. Bardos são músicos A música salva, a música ilude, a música adivinha! A sonoridade das notas musicais é capaz de elucidar e encantar a todos. Bardos podem ser importantes quando a espada e o combate não puderem resolver os problemas. Utilizando sua lábia e capacidade de encantamento. Bardos são carismáticos


Um Abraço, Luke!