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"Se um grifo não consegue se destacar no jogo, um gato não vai conseguir"

-jogador de um personagem cavaleiros dos céus, sobre o comentário do Mestre de que o gato da maga não estava tendo muito destaque nos jogos


Por Zell

domingo, 8 de maio de 2011

A maestria de um Monge e seus votos

Monge sábio! Há muito tempo nas nossas histórias. Retratos fiéis da pessoa que voltou sua vida para sabedoria. Voltou sua vida para o códice da vida, regando uma vida com afinco em seus objetivos e causas. No mais, monges não são apenas sábios eles possuem sim muito conhecimento, mas não é apenas isso que define um monge. Do clássico da idade média, eram homens que tinham uma vida retirada da sociedade para servir unicamente a sua religião adotando uma vida mundana com um dia-a-dia pacato, porém cheio de obrigações diárias visando sempre manter a disciplina e a concentração. No oriente essa disciplina já está mais atrelada ao controle do Chi, da energia espiritual e para assim mantê-la controlada atrelam sua força a um treinamento em artes marcias fazendo-o de seu próprio corpo a melhor arma e a melhor defesa. Já no ocidente monges eram mais pacatos atrelados a meros votos clericais da igreja católica.


Um monge não vira do dia para noite!
Os monges que são muito honradamente lembrados são sim os do oriente. São anos de treinamento e estudos, sabedoria não vem do além, não nascemos com ela. Dês de andarilhos que criam sua própria arte, seu própio códice de disciplina até altos e refinados mosteiros isolados nos confins, todos possuem regras de disciplina, falo muito nessa palavra por que é o que marca um monge. Podendo ele ser uma pessoa bondosa o que 99% das vezes apresentam-se em estereótipos ou mesmo de má índole, o que realmente irá unir monges com ensinamentos e preceitos contrários será a disciplina. Ela fundamental para qualquer um que se atrave a mensurar a ideia de levar uma vida desse modo.

É com prazer!
Eles não são obrigados a serem o que são, mesmo que no início possam ter sido orientados ou forçados a entrar num mosteiro, eles são e continuarão sendo por gosto e não por uma praga, por obrigação ou coisa do gênero. Além disso, monges são muito lembrados por seus códigos de honra que os engrandecem! Seja de forma religiosa, perante a sociedade ou simplesmente a si próprios.

Um voto de pobreza nada mais é do que se desapegar totalmente aos bens materiais. Em um jogo muitas vezes os jogadores não tomaram parte de um voto tão ferrenho quanto esse. Pois abdicariam de todos os muitos tesouros que poderiam encontrar pela frente! Dês de itens mágicos a enormes outras fortunas. Mas o fato é que se bem explorado pelo mestre um voto como esse na mão de um jogador, tendo um pouco de maturidade é claro, pode ser muito interessante. Por que muito além de recompensas materiais um monge com tal voto pode receber por suas aventuras outras recompensas que transcendem itens! Afinal muito vale ser reconhecido por muitos, ter respeito da nobreza, ter acesso ao conhecimento infindável e aceitar benções muito valorosas que podem lhe trazer mais força para continuar seguindo o seu rumo regado de atos de bondade e gentilezas. Esse voto pode ser muito bem aproveitado e traria muita riqueza para a mesa.

A sabedoria... Como já dizia uma passagem do "Vendedor de Sonhos": "Quando considero a brevidade da existência dentro do pequeno parêntese do tempo e reflito sobre tudo o que está além de mim e depois de mim, enxergo minha pequenez. Quando considero que um dia tombarei no silêncio de um túmulo, tragado pela vastidão da existência, compreendo minhas extensas limitações e, ao deparar com elas, deixo de ser deus e liberto-me para ser apenas um ser humano. Saio da condição de centro do universo para ser apenas um andante nas trajetórias que desconheço.. "

Chega a ser um exagero de sabedoria! Qual seria o desafio de um monge? Qual seriam os objetivos de um monge no RPG que jogaram hoje? Já se perguntaram isso para cada classe que escolhem e rabiscam na folha? Na maioria das vezes isso passa batido. Pensar o personagem e depois fazer a ficha também já foi muito falado por aí. Mas se pensarmos os objetivos que terão aquele personagem que seguiu aquelas características para se tornar um monge, poderemos com muita mais maestria interpretar uma classe assim. 

Um voto de honra é um voto que está atrelado a várias classes de um RPG. Ser leal, gentil, não machucar mulheres e crianças e proteger os indefesos ou incapazes. Isso se trata de um profundo aspecto de um monge e os mestres não devem usurpar desse voto contra um monge, joga-lo encima dele. Mas deve lápida-lo pouco a pouco e ver como o jogador vai lidando com isso durante o jogo. Apresentar problemas do cotidiano que por ventura podem parecer pequenos, mas que pode virar uma bola de neve se um jogador não souber lidar com ele. Uma simples camponesa que está sendo cobrada por guardas reais e que ameaçam pegar tudo que ela tem, pode ser algo simples de resolver ou pode se complicar. Dar algumas moedas para que os guardas vão embora é uma medida rápida e eficaz, agora confrontá-los e ver até onde eles vão pode provocar atenção demais para aquele pacato aventureiro que chegou à cidade. Ser sutil com os votos de um monge e ir lapidando-os é a melhor forma de refinar a interpretação de um jogador.

Monges podem ser bons ou maus, dependendo da linha filosófica adotada por sua ordem ou monastério (ou possível juramento). Algumas podem pregar o bem e a ajuda ao próximo como meio de alcançar a perfeição. Outras podem pregar que uma pessoa deve tomar qualquer caminho necessário para alcançar a perfeição, não importando se você deverá passar por cima de uma ou duas pessoas para fazer isso. Essa perfeição vai ser também muito distinta para monges diversos.

Monges são sábios acima de tudo e devem usar essa sabedoria para confrontar os seus desafios. Antes de entrar soqueando tudo que é porta, pode-se pensar em jeitos mais propícios de enfrentar um adversário.

Um baita abraço, Luke!



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Gabriel Mueller - Joga RPG há 7 anos e é fã de Storyteller e cenários apocalipticos. Seu mundo gira em torno de Reinos de Ferro e Mundo das Trevas. Acha o RPG simplesmente fantástico! Estudante de Ciências da Computação na UFRGS e Técnico em Eletrônica. Faz teatro e escreve nas horas vagas.


 

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