O Inimigo Mora ao Lado

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Livro dos Monstros - Você realmente precisa disso ?

Monstros: Ah sim eles são esplendorosamentes terríveis. Alguns tem escamas, caudas, asas, 3, 4, 100 olhos, habilidades sobrenaturais, psíquicas, controle de elementos e as mais variadas formas distintas que podemos imaginar. Ah sim podemos imaginar, mas realmente precisamos de uma apêndice de monstros com características totalmente definidas com Nível de Desafio estipulado e tudo mais ? Você talvez deva estar pensando que sim, mas....

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"Se um grifo não consegue se destacar no jogo, um gato não vai conseguir"

-jogador de um personagem cavaleiros dos céus, sobre o comentário do Mestre de que o gato da maga não estava tendo muito destaque nos jogos


Por Zell
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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Voltar o jogo – ou o “mas no ataque anterior eu devia estar com esse bônus”


O jogo está em um momento de um acirrado combate, cada jogador pensando nas estratégias do seu personagem, e torcendo por boas rolagens de dados. Então, na terceira rodada, um jogador se lembra que não contou um certo bônus de um item mágico quando atacou os inimigos orcs, e calculando rapidamente o Mestre percebe que com esse bônus o líder dos orcs teria sido atingido e, possivelmente, morto.

E agora?

Se voltar o jogo até a primeira rodada, tudo que foi feito nas 2 rodadas seguintes será alterado (o personagem de outro jogador, não tentará atacar o líder orc, pois ele já estaria morto, e possivelmente teria tentado derrubar o xamã). Já se prosseguir com o jogo e os jogadores não tiverem sucesso no ataque, ficará a sensação de que aquele bônus teria sido feito a diferença ou, pior ainda, que o mestre não voltou por fazer questão que os jogadores sofram as consequências do esquecimento do bônus.

Primeiramente, o Mestre tem que pensar que esquecer de um bônus ou efeito é comum no jogo, ocorrendo inclusive quando ele controla NPCs/PDMs (“a guerreira acertou o personagem do João, mas ela tinha sido envenenada, e por isso estava muito mais fraca e não teria conseguido”). Longe de considerar tentativas de enganar o Mestre, a questão aqui é quando não se percebe um detalhe que pode fazer diferença na narrativa quando lembrado – bem depois do que deveria.

Embora esse tipo de situação que exija se pensar sobre “voltar o jogo” não esteja limitado aos combates (digamos que um PJ faça um acordo no qual apoiará uma guerra contra o determinado reino, mas depois outro jogador o lembre de uma promessa feita há tempos que exige fidelidade a este mesmo reino), são que isto ocorre com maior frequência. Em jogos onde magia é comum, são tantos feitiços e itens mágicos ao mesmo tempo, que eventualmente se esquece daquele efeito que o jogador raramente usa mas agora o mago lhe forneceu. O bardo pode estar usando suas habilidade de exaltar os heróis e empolga-los, mas como o jogador não fica cantando o tempo todo na mesa (ao menos normalmente não o fazem), se esquece disso, e dos efeitos positivos em regras que a cantoria faz.


De qualquer maneira, esta situação é bastante delicada, e há diversas maneiras de lidar com ela.


A primeira que aconselho, é pensar isso antes do jogo começar –ou se já há jogos em andamento, parar na próxima sessão – e conversar com os jogadores, estipulando como se lidará com este tipo de situação. As possibilidades são muitas, e cada grupo poderia escolher a que lhes parecer mais justa.

Poderia ficar estipulado que se “voltaria no jogo” (descartando tudo feito após a ação do personagem que lembrou de algo, pois o jogo voltaria ao seu turno), mas somente se algo fosse lembrado ainda na mesma rodada. Por exemplo: João usou seu turno para atacar, depois Paulo também, o personagem mago do Marquinhos conjurou sua magia, orcs atacaram, mas então enquanto Fábio descrevia que iria fazer um ataque em carga contra o orc que está com um grande escudo, Paulo lembra que estava sobre efeito de uma magia que o torna muito mais veloz e eficiente, e as ações de Marquinhos, Fábio e dos orcs são descartadas, como se nunca tivessem ocorrido, e Paulo refaz sua jogada de ataque. Já se Fábio tivesse feito o ataque em carga, e começasse a segunda rodada, onde Paulo é o primeiro, e nesse momento Paulo lembrasse do efeito da magia, o jogo prosseguiria sem “voltar o jogo”, embora nessa segunda rodada ele poderia utilizar o efeito pois há lembrou-se dele.

Outra solução é fazer que nunca se “volte o jogo”, não importa o quão importante seja o que foi esquecido. Assim, os jogadores e Mestre não apenas cuidarão para não esquecer de nada, como saberão que se esqueceram, não se voltará, e o jogo sequer será parado por isso. O problema desta medida é se o esquecido realmente for importante, e afim de não haver revisões e retornos, ter de se adaptar às falhas ocorridas.

Portanto, seja qual for a opção escolhida para quando algo esquecido possa afetar um fato já ocorrido, o importante é que o grupo todo esteja ciente da medida que sempre será adotada e, claro, procure evitar ao máximo descuidos e equívocos. Um bom jeito de fazer isso é mantendo um bom Registro de Campanha, o que, inclusive, é assunto de um post futuro.


Até mais!