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"Se um grifo não consegue se destacar no jogo, um gato não vai conseguir"

-jogador de um personagem cavaleiros dos céus, sobre o comentário do Mestre de que o gato da maga não estava tendo muito destaque nos jogos


Por Zell

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Livro dos Monstros - Você realmente precisa disso ?

É claro que todos sabem que monstros e desafios são fundamentais em qualquer RPG, seja ele na época das cavernas ou em mundos futurísticos, pois afinal é a um dos requisitos de um bom RPG, não estritamente necessário, pois as vezes um bom rpg é feito só na sombra de monstros e muitas delas eles nem são obrigados a aparecer para que a trama e jogo se fechem. Mas é desse modo que costumamos confrontar nosso jogadores na maioria das vezes: Monstros.


Monstros
Ah sim eles são esplendorosamentes terríveis. Alguns tem escamas, caudas, asas, 3, 4, 100 olhos, habilidades sobrenaturais, psíquicas, controle de elementos e as mais variadas formas distintas que podemos imaginar. Ah sim podemos imaginar, mas realmente precisamos de uma apêndice de monstros com características totalmente definidas com Nível de Desafio estipulado e tudo mais ? Você talvez deva estar pensando que sim, mas nas inúmeras vezes em que mestramos podemos facilmente dispensar essa grande lista de elementos para o nosso RPG. É claro que só faremos isso se conhecermos muito bem o sistema no qual estamos jogando.



Como funciona
Não vou falar de capacidade que um tem e outro pode não ter, com um pouco de criatividade e conhecimento das regras de criação de personagem todos conseguem, vou direto ao ponto.
Os jogadores, independente da situação, se depararam com um monstro. Ok, lá vem uma descrição, quando se tem uma imagem como a de "bestiary" fica muito mais fácil, mas estraga com a diversão de imaginar alguma coisa e tentar exemplificar juntando partes de coisas conhecidas, então vamos ao ponto que queremos chegar.


Criando um Monstro - Improvisado ou não
Para que isso aconteça pense num simples background de cada inimigo;

  1. Por que ele habita aquela região e por que ele está ali ?
  2. Anda em grupo, é solitário ou em casais ? 
  3. É uma criatura rara, única, ou existe aos montes por aí ? 
  1. Possui tesouros ?
  2. Habilidades sobrenaturais ?
  3. É uma criação de algum mago, ou já existe há muito tempo ?
  1. Quais são suas características e habilidades, o que elas fazem ?
O primeiro grupo de questões deve ser feita antes dos personagens encontrarem o monstro para já ter-se uma preparação de como mostra-lo e descreve-lo para os jogadores, até para passar uma sensação de mistério ou de coragem.



O segundo grupo de questões pode ser respondida durante a interação deles com os personagens seja em combate ou num dialogo

E a última pergunta só irá ser respondida se eles efetivamente entrarem em combate com o inimigo, e então deve ser definido o quão forte ele é naquele instante em que os personagens o estão enfrentando, ou seja, qual o propósito, é um "Boss", ou é "Minion". É inteligente ou está apenas usando seus instintos.




Enfim ter um livro do lado para lhe auxiliar pode lhe trazer mais segurança e é por isso que eles existem, para ajudar ao mestre a conduzir um bom jogo e que principalmente ele seja coerente. Diria que essa é a peça fundamental de qualquer livro de regras de RPG, tornar o jogo coerente! Tanto para jogadores quanto para narradores afinal é nele que vamos nos basear para determinar tudo que aconteça, todas as interações com o mundo e com os indivíduos que vivem nele. Mas de fato um livro de criação de personagem sempre será muito bem utilizado, mas um livro de monstro pode lhe convir uma ou duas vezes até que você realmente pegue a manha de como criar seus próprios. E não fique com medo de criar um Goblin Azul ou Homem Vaca desde que ele seja coerente com o mundo e com a tua narração. O monstro não pode ser uma coisa e no turno seguinte ele ser outra completamente diferente, salvo raras exceções de habilidades sobrenaturais que fazem isso.
Não vamos lhe passar um manual completo de como criar um monstro por que até isso um bom livro de RPG fornece sempre, queremos passar apenas algumas dicas de como fazer e ajudar no improviso.
Tenham um bom jogo e improvisem, tentem fugir um pouco de jogos estáticos.

Até mais, Luke.



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Gabriel Mueller - Joga RPG há 7 anos e é fã de Storyteller e cenários apocalipticos. Seu mundo gira em torno de Reinos de Ferro e Mundo das Trevas. Acha o RPG simplesmente fantástico! Estudante de Ciências da Computação na UFRGS e Técnico em Eletrônica. Faz teatro e escreve nas horas vagas.

4 comentários:

É aquela coisa, um bestiário/livro de monstros pode auxiliar bastante o mestre, mas não é um elemento indispensável...

E existem bons bestiários (monternomicon dos Reinos de Ferro, por exemplo), e aqueles que só trazem monstros novos com regras e poderes novos, sem acrescentar novas utilizações (maioria dos oficiais de D&D)...

Belo post. Gosto de bestiários, embora eu não me prenda às regras neles contidas. Por exemplo, em minha mesa de D&D 3.5, gosto muito de arremessar os personagens de meus jogadores para longe quando eles confrontam gigantes, embora a grande maioria dessas criaturas não possua o talento "Ataque Avassalador", teoricamente necessário para realizar tal feito. Isso ajuda a dar o clima que pretendo aos meus combates (gosto de combates ao estilo "God of War"). Para mim, o Livro dos Monstros é uma compilação de estatísticas genéricas, que eu uso apenas para me basear. Não tenho problemas em utilizar um monstro com as estatísticas de outro, de nível mais adequado. Há tempos eu não crio estatísticas de NPCs e vilões, apenas uso um monstro de nível adequado e com habilidades que façam algum sentido e o resto é feito na base da descrição.

Como o Matheus Jack disse, há bestiários bons, e há aqueles que só servem para "encher linguiça". Entre os bons, cito o antigo Livro dos Monstros do AD&D 2ª Edição. Era um verdadeiro livro de biologia fantástica, interessante mesmo para quem não fosse mestrar/jogar.

Mas são raros os bestiários que atualmente são esses "livros de biologia fantástica" (ótima definição, inclusive).

Felizmente os Mestres dão um jeitinho, e o caso dos gigantes, Mestre Walla, é um bom exemplo de como um livro de monstro pode ser uma boa ferramenta se o Mestre não tiver medo de sair do que está ali.

Eu acho que nem sop o livro dos monstros mas todos os outros servem apenas como referencia e não como um manual fixo de jogo.

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