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"Se um grifo não consegue se destacar no jogo, um gato não vai conseguir"

-jogador de um personagem cavaleiros dos céus, sobre o comentário do Mestre de que o gato da maga não estava tendo muito destaque nos jogos


Por Zell

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Vingança

Ainda que a justiça atual considere “fazer justiça com as próprias mãos” também um crime, o ato de vingança foi por muito tempo, e em muitas culturas, algo aprovado.


Em seus jogos, talvez a aventura possa centrar-se nos PJs querendo vingar-se por um ente assassinado (ou talvez um dos personagens dos jogadores!), tentando impedir que alguém que declarou ter intenção de vingar-se consuma o ato, ou ainda fugir da fúria da filha do vilão que quer vingar-se após os PJs o matarem.
De qualquer maneira, a vingança poderia ser no seu cenário, ou em algumas culturas e regiões dele, destas formas.

Vingança justa
Vingança vista como justiça, como algo justo a quem sofreu (como matar assassino de ente querido, ou escravizar um devedor).
A vingança também pode ser vista como um aspecto de justiça. Mesmo que não se vá à Lei de Talião efetivamente, punir o responsável por um crime (ou pessoas próximas a ele, também responsáveis) pode ser visto como ato justo, até necessário.
Cenários de forte enraizamento familiar podem ter esse aspecto destacado, como máfias (lembram-se do Vito Corleone na reunião ao fim do primeiro filme, dizendo que mataram o filho dele, e o de uma família rival, portanto estão iguais e decem cessar os conflitos?) ou velho oeste (a busca da menina do Bravura Indômita por capturar e punir o assassino de seu pai é apoiada, ou ao menos recebe indiferença, mesmo de autoridades, pois a vingança é algo justo nesse contexto).
Vingança honrosa
O caso da menina do Bravura Indômita traz outro aspecto, o da honra. Cometer um ato de vingança pode ser não apenas justo, mas necessário, uma forma de manter a honra da um família, linhagem ou organização.
Se a filha foi “desonrada”, tem que se vingar do rapaz que isto fez, se o pai morto, os filhos devem assumir a responsabilidade de vingar o pai e zelar pela honra da família.
Conclusão
Outras possibilidades seriam fazer da vingança algo tão comum, que é o aspecto de uma divindade, podendo ter equivalente à Nêmesis da mitologia grega, responsável por vingar-se de atos injustos. Quem sabe uma espada “justiceira” que aumente o potencial de um guerreiro em ato de vingança (uma versão distorcida das armas sagradas dos paladinos ou profanas dos campeões das trevas).
O importante é o mestre pensar que se uma vingança é justificada, tem um motivo plausível para ocorrer, permite que crimes e atos malignos não sejam combatidos pelos PJs da mesma forma, pois eles concordarão com aquele que promove a vingança. Ao menos um pouco..
A vingança pode ser ainda um motivador para personagens que perderam tudo na vida, sendo o único sentimento que os motiva. Imagine um guerreiro que perdeu toda a família em uma guerra, e não tem motivo para viver, senão vingar-se dos responsáveis (de forma similar a William Wallace no filme Coração Valente, embora posteriormente ele tenha passado a lutar pela liberdade da Escócia perante o jugo inglês). É o caso, por exemplo, de Mad Max (mais um vez Mel Gibson), que perdeu a família e neste cenário pós-apocalíptico, vaga para matar os responsáveis.
Por fim, a vingança pode ser trabalhada para melhor mostrar uma sociedade, como colocando personagens ou organizações tentando vingar-se de um regime ditatorial que os reprime (porque V de Vingança é um excelente filme).



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