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"Se um grifo não consegue se destacar no jogo, um gato não vai conseguir"

-jogador de um personagem cavaleiros dos céus, sobre o comentário do Mestre de que o gato da maga não estava tendo muito destaque nos jogos


Por Zell

domingo, 19 de junho de 2011

Truques de Mestre: fixando os nomes dos Personagens dos Jogadores

Os jogadores escolheram seus personagens, criaram suas respectivas histórias, motivações, motivos que os uniram e os fizeram andar em grupo... E claro, escolheram um nome e sobrenome, aquele que será sua posse única, elemento que o identificará ao longo de diversas aventuras e, quem sabe, de uma campanha.


Mas começa o jogo e, não lembrando do nome de todos, e tendo dificuldade diante de alguns cuja pronúncia está longe de ser fácil, os jogadores chamam-se de “o guerreiro”, “o mago”, “o hacker” e por aí vai.


Certamente muitos já viram isso acontecer, e embora no início seja normal, acredito que muitos Mestres e jogadores também já notaram que se deixar assim, meses ou até anos de campanha farão que nem todas as conquistas, feitos e glórias de um herói faça-o ser chamado pelos companheiros pelo nome, sendo sempre “o guerreiro”.


Mas nesse Truques de Mestre vou dar algumas dicas simples pra ajudar a resolver esse simples, mas incômodo problema.


Afinal um personagem com uma grande história, e com uma personalidade bem definida, perde um pouco a graça se não for chamado por um nome próprio.



1 – Crie crachás ou placas


Pode parecer besteira, mas deixar cada jogador com um crachá à sua frente facilitará uma consulta rápida quando outros forem falar com ele, ou dele. O famoso “cara-crachá” permitirá que outros jogadores, bem como o Mestre, usem o nome do personagem apenas olhando na direção do jogador que o interpreta e verificando seu nome.


Os crachás podem ficar sobre a mesa, em frente dos respectivos jogadores, mas por experiência digo que com o tempo acabam atrapalhando as rolagens de dados, consulta de livros e coisas do tipo. Além disso, logo o crachá pode ser derrubado no chão, amassado, etc., e quando o mago for apresentar à corte do rei seu irmão, e anunciar “eis aqui aquele que derrotou a horda de trolls, o grande....” não terá ali sua rápida consulta para completar o anúncio.


Então sugiro utilizar “placas”, colocadas em um local de fácil visualização (afinal, se quando for chamar alguém, for preciso ficar procurando em todo o aposento o bendito nome, de nada adianta). Eu imprimo todos os nomes em uma única página, colocando o nome do personagem destacado (caixa alta e negrito), e o do jogador abaixo.


De qualquer maneira, mesmo uma folha de caderno com os nomes escritos à mão já serve, mas lembrem-se use de usar letras legíveis para que todos possam entender o que está escrito.


2 - Use alcunhas


Cada jogador pode bolar uma alcunha, epíteto, nome de guerra para seu personagem, que seria mais facilmente lembrado por todos.


Assim, quando o bardo fosse apresentar o grupo, não teria que lembrar do Éldvin, Stonevill, Luriane e Dorick, mas poderia anunciar Escudo Forte, Seta Precisa, Olhos de Mel e Dos Pés Ligeiros, mais facilmente lembrados.

Pense em Senhor dos Anéis, e imagine que fosse uma campanha. Nas primeiras sessões os jogadores talvez não lembrassem facilmente de um nome como Aragorn, mas facilmente lembrariam de Passolargo.


Evite epítetos como “o Grande”, “O Furioso” e coisas assim, porque no fim ficará muito próximo de chamarem-se por sua funções, como “o guerreiro” “o arqueiro”, “a maga”. Melhor é criar alcunhas que tenham a ver com a personalidade do personagem, ou com algo único dele, seja um feito ou aparência.


Logo farei um post somente sobre alcunhas!



3 – Incentive os jogadores a criar nomes simples, e faça o mesmo


A última dica é possivelmente a mais importante: não compliquem.


Tantos os Personagens dos Jogadores quanto NPCs devem ter nomes simples, o que certamente facilitará sua memorização. Uma coisa é lembrar que o inimigo do grupo chama-se Dagovar, outra bem diferente, é um Dalgovariane.


Apesar da dificuldade que os Mestres têm de criar nomes pra dezenas de NPCs, procure utilizar poucas sílabas e poucas consoantes. Beladon e Lotorius são claros, já Koriagamur ou Dalaneregun dificultam.


Claro, que ainda melhor é usar nomes curtos, como Ned (Game of Thrones), Bilbo (Senhor dos Anéis), Syd ou Zell, mas há uma chance de nomes curtos não ficarem muito imponentes.


Os jogadores em particular vão querer nomes diferentes e imponentes, e realmente a simplificação no caso deles não deve ser levada muito a sério. Se um jogador quer que seu guerreiro se chame Kzartaklus tudo bem, afinal após algumas aventura esse nome realmente se fixará. Ainda assim, peça-os para criarem nomes com ao menos uma pronúncia simples, e que a escrita e pronúncia sejam evidentes (como Belratan), e peça para que os jogadores olhem os nomes escritos dos personagens uns dos outros.

Essas são as dicas desse Truque de Mestre.


Claro que de tantos problemas que existem dos dois lados do Escudo do Mestre esse não é dos mais preocupantes, e deixar que os nomes sejam memorizados “na marra” ainda é uma opção.


Mas os jogadores certamente apreciarão ao ver que o Mestre, interpretando um nobre que os PJs acabaram de ajudar, chama-os um por um por seu nome, para recompensá-los.





1 comentários:

Muito bom e didático o artigo parabéns!!
obs: se puder dá uma passada lá no Falando de RPG.

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