Procure no Escudo

Receba atualizações!

http://3.bp.blogspot.com/-Zz9JlQmWp3k/TjGQ-9ykVII/AAAAAAAAApc/1ApqLW-VlYs/s1600/PEROLA+DO+ESCUDO.png


"Se um grifo não consegue se destacar no jogo, um gato não vai conseguir"

-jogador de um personagem cavaleiros dos céus, sobre o comentário do Mestre de que o gato da maga não estava tendo muito destaque nos jogos


Por Zell

domingo, 24 de abril de 2011

Religião I – Hierarquia eclesiástica

Nesta série de posts vou apresentar conteúdos que podem ajudar a detalhar mais a religião em seu mundo de jogo.

Há inúmeras matérias sobre o uso de religião em cenários de fantasia medieval, como pensar se os deuses são presentes ou distantes, se o poder dos clérigos vem das divindades ou apenas de sua fé, etc. Mas o diferencial desta série é a criação de elementos diretos que possibilitem notar o cotidiano de pessoas envolvidas com religião.

E o primeiro post trata da hierarquia das religiões.

Afinal, quando os Personagens dos Jogadores forem em um templo atrás de um meio de ressuscitar seu companheiro morto na última aventura, é muito mais interessante tratarem com o Bispo de Cavonshire do que com “o clérigo local”.

Diferenciação e status

Da mesma forma que títulos de nobreza possuem todo um respeito e despertam desejo, destacando a posição social de seus possuídores, o mesmo vale para o cargo que um sacerdote possui.

Ser um padre de uma discreta capela no interior do reino não é mesmo que ser o líder do templo na capital do mesmo reino.

O Mestre pode utilizar os cargos e postos como meio de destacar NPCs influentes e importantes, inclusive dificultando o acesso dos jogadores a membros do alto

-clero. Se há personagens clérigos ou paladinos no grupo (ou qualquer tipo de devoto), pode desenvolver intrigas entre o meio religioso, com indivíduos buscando ascender posições, seja através de feitos grandiosos (sobretudo paladinos), de alianças e intrigas com sacerdotes mais influentes, ou mesmo chantagens e uso de posição de renome, como pertencer a uma importante família.

Imagine que o clérigo do grupo de jogadores, após décadas de serviços prestados e grandes feitos para sua religião, não é nomeado para uma posição elevada, por ser proveniente da plebe e não ter sangue nobre nas veias.

Isto supondo que exista acesso entre as diversas posições hierárquicas, que podem também ser imutáveis.

Funções específicas

Mais que estipular cargos para estabelecer uma hierarquia, interessante seria o Mestre criar funções para cada posto religioso, ligando-o aos dogmas da respectiva religião e ao seu simbolismo.

Assim, os exemplos no fim do post demonstram que as funções podem ir desde o a região pela qual o clérigo é responsável (de um templo a todo um reino, e além), até a tarefas específicas como aconselhar o clérigo-máximo da religião. Pode haver funções extraordinárias, que somente um cargo tem permissão de exercer, como é o caso dos cardeais católicos que escolhem um novo papa.

Cabe também o mestre pensar que religiões mais informais, ou secretas, possivelmente teriam uma hierarquia menos definida, ou não tão rígida. Pense em divindades selvagens ou florestais, cultuadas por druidas, e não parece muito condizente haver toda uma série de degraus que um devoto iria subir, afinal a maioria destes permanece isolado dos demais, e não há uma noção da religião de modo amplo ou global.


Exemplos

Com isso o Mestre conseguirá mostrar que o clero, possivelmente um grupo social bastante influente e com regras e costumes próprios, tem suas características particulares, e que nem todo devoto é somente um clérigo, e nem a função destes é a mesma.

Seguem aqui exemplos de hierarquia eclesiástica que criei para um mundo de jogo caseiro, com três dos mais poderosos deuses do panteão.

O primeiro, Azhos, possui ordens de cavalaria e paladinos, por isso sua hierarquia reflete esta característica, da mesma forma que Kanon, deus da guerra, reflete uma série de posições hierárquica em moldes militares.

Já a Celles apresenta aspectos mais político-administrativos devido a sua grande difusão no mundo, e ligado à função de pensar e aconselhar sobre a religião



AZHOS, Deus da Bravura

Adepto: ainda não oficilizado no culto de Azhos. Jovem em treinamento.

Padre: sacerdote responsável pelo culto em um templo e seus ritos (missas, nascimentos, mortes, etc.).

Clérigo: sacerdote que viaja difundido os dogmas de Azhos.

Paladino: responsável por lutar pelos ideais deAzhos, propagando seus dogmas e protegendo templos e cidadãos.

Mestre-Cavaleiro: líder de um templo sede de uma ordem de cavaleiros e paladinos de Azhos.

Grão-Mestre-Cavaleiro: líder de uma ordem de cavaleiros e paladinos de Azhos.

Pároco: responsável por uma paróquia (templo metropolitano), pelo culto de Azhos em uma grande cidade.

Bispo: responsável por um bispado (conjunto de cidades, região, província).

Prior: responsável pelo priorado, culto geral do deus. Clérigo máximo de Azhos.


CELLES, Deusa da Vida

Noviço: ainda não oficilizado no culto de Celles. Jovem em treinamento.

Padre: sacerdote responsável pelo culto em um templo e seus ritos (missas, nascimentos, mortes, etc.).

Clérigo: sacerdote responsável por viajar pregando os dogmas de Celles e realizar peregrinações religiosas.

Paladino: responsável por lutar pelos idéias de Celles, propagando seus dogmas e protegendo templos e cidadãos.

Bispo: responsável por um bispado (conjunto de cidades, região, província).

Arcebispo: bispos de grande destaque ou exemplares. O posto é de exceção, não representando qualquer diferença de um bispo em termos práticos.

Cardeal: responsáveis por aconselhar o Clérigo-Mór e refletir sobre os dogmas de Celles e o futuro da religião no mundo.

Clérigo-Mór: clérigo-máximo. Representante de Celles no mundo.

São: sacerdotes de grande destaque em vida, ou personificados. O posto é de exceção, não representando qualquer diferença de clérigos em termos práticos (até por quase sempre ser concedido post mortem), mais homenageando um indivíduo tido como exemplar.


KANON, Deus da Guerra

Recruta: ainda não oficilizado no culto de Kanon. Jovem em treinamento.

Padre: sacerdote responsável pelo culto em um templo e seus ritos (missas, nascimentos, mortes, etc.).

Clérigo: sacerdote que viaja pregando os dogmas de Kanon e lutando em seu nome.

Xerife: clérigos especializados em missões solo, são agentes similares a paladinos, mas que seguem um código de honra em combate que não se limita à moral ou bondade.

Oficialmente estão subordinados aos Sargentos da Fé, mas sua raridade, e emprego como braço direito de oficiais e alto-oficiais deu-lhes uma grande autoridade.

Sargento da Fé: sacerdote experiente capaz de comandas soldados e clérigos.

Capitão de Tropa: oficial capaz de comandar pelotões de soldados e clérigos.

Coronel de Kanon: alto-oficial capaz de comandar pelotões de soldados e clérigos.

General de Guerra: alto-oficial com comando sobre um exército de soldados e clérigos.

Sumo-Sacerdote: clérigo-máximo. Representante de Kanon no mundo.

Marechal: patente exlusiva de um Sumo-Sacerdote em exercício há mais de uma década.



1 comentários:

bons exemplos e bom post parabens se puder dá uma passada no falando de rpg

Novo Comentário