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"Se um grifo não consegue se destacar no jogo, um gato não vai conseguir"

-jogador de um personagem cavaleiros dos céus, sobre o comentário do Mestre de que o gato da maga não estava tendo muito destaque nos jogos


Por Zell

terça-feira, 26 de abril de 2011

Truques do Mestre: mesma ficha + nova aparência = novo monstro

O Mestre prepara um desafio para os jogadores, e que culmina no enfrentamento a uma poderosa criatura. Porém, quando ele descreve o monstro que avança ferozmente sobre o grupo de aventureiros, o jogador fala “ah, é um mastigador de almas!”.
Mesmo que o comentário off (vulgo metajogo) não afete a interpretação dos jogadores, cujos personagens não sabe de que criatura se trata, o impacto de enfrentar esse monstro não será o mesmo.
Por isso Mestres 1d4 cantos do mundo recorrem ao truque de usar a ficha de um monstro e mudar sua aparência, alterando somente na descrição (não mudando em nada sua ficha).
Mas como trabalhar bem esse truque?

Pegue somente o poder característico

Se o Mestre não que que os jogadores esperem o sopro de gás de um górgon, fazer com que um leão metálico os enfrente certamente os surpreenderá o suficiente.
Porém, depois de usar algumas vezes o truque de mudar apenas a aparência de monstros, os jogadores já estarão mais atentos (leia-se: desconfiados), e mudanças sutis poderão ser notadas. Manter um monstro quadrúpede para não ter problemas com a movimentação dele é um cuidado que os mestres costumam ter, mas isso pode ser observado (consciente ou inconscientemente) pelos jogadores.
Assim, o primeiro ponto é usar somente o poder característico de um monstro, e colocá-lo em uma criatura completamente diferente. Se o górgon é um quadrúpede e poder investir em carga (afinal é um touro) fazer com que uma estátua de pedra dispare o sopro petrificante traria problemas com a ficha da criatura, o que faria o mestre colocar um leão gigantesco no lugar do górgon.
Porém, basta pegar a mecânica do poder isolada e colocá-lo na ficha do novo monstro. Assim, use estatísticas de uma estátua de pedra que protege o tesouro na ruína que o grupo invadiu e faça-a ter o sopro. Ou os gárgulas podem fazê-lo, assim como um verme gigantesco.

Pense no motivo do poder

Em diversos posts defendo a idéia de se pensar no motivo de monstros terem poderes sobrenaturais ou mesmo características marcantes. A esfinge gosta de enigmas por usá-lo como hobby para seu alto intelecto, a quimera tem 3 cabeças por ser experimentos de magos, etc.
Algo interessante seria o Mestre pensar porque diabos uma estátua de pedra emite um gás que petrifica quem por ele é tocado.
A estátua é animada, ou seja, mágica, portanto o mago que a fez pode ter colocado outros poderes nela, e o mesmo valeria para criaturas que teriam sido criadas magicamente. Porém, se o inimigo que surge diante dos PJs é um exemplar de uma raça, ter os motivos do poder peculiar é bom para caso os personagens investiguem ou os jogadores indaguem.
O verme gigante tem líquidos estomacais que misturados com as pedras que ele come quando abocanha presas, o faz emitir um bafo petrificante (ok, ficou forçado, mas é algo). Ou o braços a mais que aquele gigante possui (na verdade uma hidra, os braços sendo cabeças) são de uma raça aparentada aos gigantes ettins, e a força do punho é fruto de muito treinamento (que seria a mordida da hidra).


Portanto, o mestre deve planejar com certa antecedência esse truque, pois improvisá-lo (simplesmente descrevendo um monstro como uma coisa compleamente diferente), pode tanto trazer problemas em regras quanto, principalmente, ser percebido pelos jogadores ao longo do tempo.


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