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"Se um grifo não consegue se destacar no jogo, um gato não vai conseguir"

-jogador de um personagem cavaleiros dos céus, sobre o comentário do Mestre de que o gato da maga não estava tendo muito destaque nos jogos


Por Zell

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Amnésia I – Quem sou eu?

“Ta Mestre, minha história é a seguinte: meu personagem tem anésia, acordou há pouco e não lembra nada do seu passado”. Que Mestre nunca ouviu isso? Quantos jogadores já não pensaram em utilizar a amnésia como uma desculpa pra não precisar criar uma background complexo e bem desenvolvido?

Nesse post, veremos como a amnésia pode ser um elemento interessante de se trabalhar em jogo.

Velhas campanhas, velhas memórias

Primeiramente, fazer com que um Personagem do Jogador perdeu a memória pode ser um recurso melhor aproveitado se feito em campanhas já longas, onde o PJ em questão ja passou por muitas aventuras, conheceu muitos personagens, e tem muitas lembranças na bagagem. Isso é útil para haver um passado consistente, um bom conjunto de acontecimentos que se sentirá falta com a chegada da amnésia.

Trocando em miúdos, é muito mais interessante o guerreiro do grupo não se lembrar de nenhum de seus feitos ocorridos desde o início da campanha, do que o Mestre chegar par o Jogador que usou a amnésia como desculpa pra não criar background e ir revelando que ele fora um grande guerreiro que fez isso, derrotou aquele monstro, enfrentou aquele guerreiro renomado,etc. Um jogador sentiria o peso de não ter lembranças quando fosse comentar sobre um item mágico que foi útil contra a Horda Rastejante de mortos-vivos, mas não pudesse fazê-lo porque o personagem não se lembra.

Portanto, a amnésia ocorrer em um campanha já longa elimina a utilização da perda de memória como desculpa pra colocar sobre o Mestre a responsabilidade de criar todo o histórico do personagem.


Exemplos na mídia

Você, Mestre, pode analisar os inúmeros filmes, HQs e seriados que trabalham com a questão da amnésia. Vou citar filmes que são os que eu conheço melhor.

A trilogia Bourne explora bem o citado acima sobre a importância do jogador sentir falta das memórias por elas terem ocorrido em jogo (embora mutios filmes o façam, incluindo o peculiar Quem Sou Eu?, com Jackie Chan). Imagine que o protagonista, um cara que acorda e naõ se lembra de nada, mas aos poucos vai descobrindo ser um espião de alto nível, é um PJ.

O impacto que tem sobre o protagonista descobrir sobre seu passado, as pessoas envolvidas, os vários lados da história, não é interessante apenas para o personagem, mas para o expectador que assisti o filme, como se ele fosse o jogador com um PJ e ficasse feliz ao conseguir recuperar em jogo uma lembrança de uma missão que ele tenha mesmo jogado. Em outras palavras, não é apenas o personagem que não lembra ou recupera lembranças em on, dentro do jogo, mas tem que fazer com que as lembranças façam o jogador lembrar-se de fatos que ele interpretou no jogo, que rolaram na mesa, que exigiram testes e rolagens. Par

Para aqueles que querem trabalhar em uma linha investigativa, o filme 23 é outra ótima opção, pois trata-se (evitando spoilers) de um indivíduo que descobre sua verdadeira história, que ele havia esquecido completamente, através de uma série de pistas. Para os Mestres que estejam dispostos a pegar um PJ feito com amnésia pela preguiça do respectivo jogador em criar background, e que portanto o Mestre tenha que criar seu histórico, ficaria interessante algo nesse sentido.


Outras opções

Além de tudo já citado, um PJ poderia ter perdido a memória devido a um grande trauma ocorrido em jogo (seria curioso chega na sessão seguinte a uma grande e difícil aventura, que teve um impacto emocional pra um personagem, e descobrir que ele não se lembra de nada do seu passado), ou seu corpo esteja sendo dominado por um fantasma ou entidade, que quanto mais o domina, mas apaga suas lembranças e sua identidade.

E se todos os PJs acordassem sem lembrar nada, apenas sabendo ser um grupo por “acordarem” juntos, e obrigando os jogadores a interpretarem a desconfiança mútua e o não-saber de nada do passado? E se um PJ perdesse a memória de cada vez, forçando os personagens a anotar informações para que não se perca?

O Mestre poderia pedir que cada jogador colocasse uma pequena parte da história de seu personagem com um tempo que ele naõ lembre de nada. Então o guerreiro não lembra dos 2 anos que viajava com seus pais até o novo reino, o mago não lembra daquela primavera em que seu vilarejo foi invadido por uma tribo orc, assim por diante. A partir disso, os PJs se envolverão em aventuras e investigações que vão revelando que esses “apagões” estão interligados e tem um mesmo motivo, seja um vilão que tem um destino planejado pros aventureiros (estilo o Azazel do Supernatural), ou um item mágico, escolhido dos deuses, etc.

Há também a possibilidade de usar amnésia como para aventuras, e não tida pelos PJs, mas isso veremos na segunda parte!

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