Em outro post abordei a temática
de juramentos, para melhor ambientar organizações.
Agora vou falar sobre lemas e o
quanto eles podem passar uma ideia aos PJs.
Lemas ou Bordões
Primeiramente, o Mestre pode
pensar tanto em um lema, uma frase oficial para uma organização, região ou
família nobre ou em bordões que tornaram-se populares.
Por exemplo, nas Crônicas do Gelo e do Fogo (Game of Thrones), cada família nobre
importante possui um lema, seu dito oficial. Os Stark possuem “o inverno está chegando” enquanto os
Lannister tem como lema oficial o “ouça-me
Rugir!”. Porém, enquanto o lema Stark mostra bem as características da
família, ligada ao norte e seu temor e respeito pelo inverno, o dos Lannister é
mais uma frase altiva (que combina bem com uma família orgulhosa), mas não é
mais conhecida que outro bordão.
“Um Lannister sempre paga suas dívidas” é um bordão recorrente nos
livros, e dizem mais sobre a família do que o próprio lema.
Passando ideia com uma frase, mas usada sutilmente
Então após pensar em frases que
serão lemas ou simples bordões, o Mestre pode usá-las para ir aos poucos
apresentando aos jogadores uma organização, indivíduos ou família. Quando Personagens
Jogadores forem contratados por um nobre Lannister que já os prejudicou em
outra ocasião, podem ficar desconfiados de aceitar o trabalho deste nobre, mas
quando ele disser “vocês sabem, um
Lannister sempre paga suas dívidas”, terão uma ideia melhor sobre a
família, agora parecendo ser rica o suficiente para se circular uma frase
dessas por aí.
Encontrar um guerreiro que não se
intimida facilmente, mas comenta “garoto,
sou das Ilhas de Ferro, e digo o que está morto não pode morrer... mas volta a se erguer, mais duro e mais forte”, demonstra que vem de uma região mais feroz,
brutal.
Assim, não use essas frases de
impacto em demasia. Se quer que o grupo futuramente se depare com inimigo
membro de uma organização poderoso, comece bem antes a colocar NPCs que usem um
mesmo bordão sobre essa organização, que passe ideia do seu poderio.
Claro que lemas ou bordões não
são o único meio de ir criando uma atmosfera sobre algo ou alguém, ainda
existem recursos clássicos como NPCs menores envolvidos indiretamente com esse
algo ou alguém (um mercenário encontrado em uma taverna que certa hora comenta
sobre como foi traído pelo tal Barão se o Mestre que passar que este último é
traiçoeiro, ou uma jovem sacerdotisa que elogia muito o Grão-Vigário, caso o
Mestre pretenda fazer deste uma figura muito falada pelo reino). Porém, este
parece ser um jeito mais sutil, ou em último caso, mais um a se somar à gama de
ferramentas narrativas dos Mestres.
E pra quem pensava que o blog estava morto: o que está morto não pode morrer, mas volta a se erguer, mais duro e mais forte.
2 comentários:
ótimo post rápido e matador cheio de grandes dicas parabéns
Obrigado Alvaro, sempre presente!