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"Se um grifo não consegue se destacar no jogo, um gato não vai conseguir"

-jogador de um personagem cavaleiros dos céus, sobre o comentário do Mestre de que o gato da maga não estava tendo muito destaque nos jogos


Por Zell

sábado, 9 de julho de 2011

Detalhando Magias I: histórico

Apesar de preferir o uso de magias nos jogos como algo mais intuitivo, e não havendo magias definidas, limitadas, com nome e tudo, nesta série de posts, vou dar algumas idéias pra deixar as tão usadas magias mais interessantes, algo além de regras e efeito que ela causa.
O primeiro post trata de como trabalhar no histórico de cada magia, motivo de sua criação, afinal dezenas, senão centenas de magias são conhecidas e utilizadas em jogos de fantasia medieval (sobretudo nos de high fantasy), mas quantas vezes se trabalha o histórico de cada magia, o motivo de ter sido criada?
Mesmo em campanhas onde um dos PJs joga com um conjurador, e o Mestre detalha a maneira com que cada magia é aprendida, encontrada no grimório de um antigo arquimago, revendida em um pergaminho no mercado negro, etc, raramente se pensa sobre o contexto de criação desta magia.

Nomes diferentes
Bola de fogo, vôo, chuva de meteoros, proteção contra elementos, respirar na água, etc., etc., etc.
Todas essas magias possuem nomes que são práticos: pelo nome você sabe o que a magia faz basicamente. Uma bola de fogo, bem, joga uma bola em chamas. Uma respirar na água permite que você, respire na água, veja só!
Embora esses nomes sejam úteis, não contribuem em nada com a ambientação do jogo.
Assim, muito mais interessante é criar nomes que surgiram devido a um uso peculiar de uma magia, ou a impressão que ela causa.
Por exemplo, no anime Slayers, a magia Dragonslayer tem esse nome pelo alto poder destrutivo, que seria capaz de matar dragões. Embora ela não seja mais poderosa contra esse tipo de monstro, o nome fica mais interessante do que se fosse, digamos, “rajada de energia” ou “explosão destrutiva”.
O 3D&T adaptou ela como mata-dragão, o que também é um nome bem mais legal. Imagina a felicidade de um jogador com o personagem mago ao encontrar em meio a escombros de uma ruína um pergaminho cujo nome da magia é “mata-dragão”!
Das magias do D&D pouquíssimas vão além de descrever a função, mas cito uma que é interessante, a Recuo Acelerado. Esta magia aumenta o deslocamento das criaturas, permitindo-as correr, voar, nadar muito mais rapidamente. Porém, “o nome da magia indica a atitude típica de um mago frente ao combate”.
Bem mais legal!
Por fim, simplesmente colocar o nome do criador da magia também é um jeito interessante de diferenciá-la. Disco Flutuante de Tenser, Soco de Arsenal, Gagueira de Ravioullus, Evasão de Elminster, todas elas apresentam, no mínimo, o diferencial de ter o nome do criador.
Histórico
Uma segunda maneira, que acho ainda mais interessante, é se pensar no histórico de criação de uma magia, e fazer com que os jogadores descubram.
Em uma campanha que mestrei, o mago do grupo encontrou na biblioteca de um mago um pergaminho com uma magia, Morte Aparente (também do D&D), que basicamente faz o alvo ficar imóvel e parecer estar morto.
Após aprender a utilizá-la, o PJ mago comentou com
o dono da biblioteca, e este último ele contou que a magia foi criada há milênios, por um mago que estava cercado em sua torre, com a população revoltada querendo matá-lo. Com a Morte Aparente, este mago perseguido fingiu estar morto, e embora a população tenha destruído sua residência, nada fizeram com o corpo, apenas retirando-o do local, o que permitiu ao tal mago sair ileso.
Apesar da magia não ser extremamente útil (ao menos não como os jogadores normalmente entendem por magias úteis, porque penso que esta pode alguma hora fazer mais diferença do que se fosse mais uma magia de ataque do repertório do conjurador), ter uma história de criação tornou-a mais verossímil. Afinal, porque diabos um mago ia criar uma magia que o faz parecer estar morto!
Eventos
Outro ponto, como já citado, seria fazer o nome ter vindo de um evento em que a magia foi usada.
Se o grupo de aventureiros está em um vilarejo para salvar a população de um ataque de monstros poderosos, e conjurador usou uma magia que fez o céu ficar nublado repentinamente, e nuvens pesadas despejarem trovões contra os inimigos, controlar o clima, invocar tempestade, coisas assim são muito simples. Mais provável que os habitantes descrevessem depois ocorrido, referindo-se ao mago que “controlava os trovões como se eles fossem seus escravos” o que faria a magia ser conhecida como “trovões escravos”.
A já citada Dragonslayer poderia ter vindo de um episódio em que foi usada para realmente matar um dragão.
Esses nomes e histórias poderiam inclusive causar equívocos, como na cena já usada de exemplo, em que o mago encontra um pergaminho com “mata-dragão” e acha que esta magia é a melhor contra essa criatura, podendo descobrir tarde demais o engano!

Encerrando esse post, também vale lembrar que poderia até se colocar nomes e históricos diferentes em variadas regiões.
Uma mesma magia poderia ser conhecida como Bola de Fogo em um lugar, Esferas da Destruição em outro que viu um mago utilizar a magia para destruir uma horda inimiga, ou mesmo Sol Vingativo em outra.
A história da criação de uma magia também poderia variar, e poderia até haver conflitos, como povos diferentes se dizendo autores de uma magia, ou mesmo magos atribuindo seus nomes a mesma magia, que teria variações conforme a localidade.



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