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"Se um grifo não consegue se destacar no jogo, um gato não vai conseguir"

-jogador de um personagem cavaleiros dos céus, sobre o comentário do Mestre de que o gato da maga não estava tendo muito destaque nos jogos


Por Zell

quarta-feira, 2 de março de 2011

Trabalhando “limiares de poder”

A sexta bolinha na ficha de personagem de seu vampiro, o 21° nível de seu personagem de Dungeons &Dragons. Diversos sistemas utilizam limiares de poder, uma barreira pela qual personagens além dela são casos raros, místicos e muito além do poder dos Personagens dos Jogadores.

Porém, em regras talvez a diferença não seja tanta.

Descrições empolgantes...

Quem lê o que é um personagem épico no D&D se impressiona com exemplos extraordinários, feitos sobrehumanos e poderes incríveis. Embora isto não esteja de todo errado, o Livro dos Níveis Épicos (e o sistema como um todo) parece diferenciar um personagem épico de um abaixo disso como se fossem imensamente diferentes, o que não ocorre quando se considera as mecânicas.

Um personagem com 21 níveis não será muito mais poderoso que um de 19°,mas pelo que o livro transparece, era como a diferença de Neo quando começou a treinar na matrix, e do Neo que enfrenta o Agente Smith na batalha final. A disparidade é tanta, que os monstros apresentados no mesmo livro, que deveriam passar a ser adversários para os Personagens dos Jogadores que atingissem 21 níveis ou mais, são imensamente mais poderosos, havendo chances remotas de vitória por parte dos PJs.

Da mesma forma, o Storyteller destaca muito o que representaria um personagem que adquirisse um valor 6 (ou a bolinha, já que a ficha do sistema usa preenchimento de “bolinhas”). Um valor 5 em algo (seja perícia ou atributo) já é citado como um exemplo único no mundo, e o 6 então... Mas em jogo, embora seja bastante caro adquirir uma sexta bolinha, não é tão inviável, e tê-la não torna o personagem muito melhor do que era há pouco. Será 1 dado a mais pra rolar em ataque, ou pra executar uma tarefa.

Regras nem tanto...

Para mim o problema nestes casos são nas regras dos respectivos jogos não condizerem com o poder quem personagem que passa um limiar de poder atinge. Se um guerreiro épico é tão mais além que os demais guerreiros do mundo, adquirir +1 de BBA e um talento que da +4 no dano não será nem de longe algo tão impactante.

Não que as regras devessem tornar os personagens mais poderosos, mas os monstros estão imensamente, a ponto de uma criatura com 25 de Nível de Desafio (o grau de dificuldade que o grupo de Personagens Jogadores tem em derrota-la) ser muito mais dificil de se derrotar que um dragão vermelho grande ancião com o mesmo ND.

Storyteller se salva nesta questão pela mecânica para as disciplinas (os poderes sobrenaturais dos vampiros) condizer com a imagem passada para pontos acima de 5. Cada valor entre 6 e 10 das disciplinas vai conseguindo efeitos imensos, e nem queira saber o que um Malkaviano com 10 em Demência seria capaz de fazer..

Solução: ambientação

Para resolver o que para mim é uma incoerência, há três soluções possíveis.
A primeira, e mais difícil, é criar poderes muito mais impressionantes e impactantes para fazer com que os PJs se tornem algo mais perto de saiyajins e jedis. Está solução é trabalhosa, exigindo conhecimento de regras e dedicação, e pode levar a descaracterização do estilo de jogo, já que aventureiros de fantasia medieval fazendo coisas tão sobrehumanas talvez se torne um pouco bizarro demais, assim como vampiros com a força do Hulk (do filme novo; o que salta centenas de metros e segura mísseis com as mãos o.0).

A segunda solução é esquecer as descrições e exemplos que os livros dão, não vendo alguém que passaram o limiar, que adquirma uma 6ª bolinha ou 21° nível como alguém tão sobrehumano. Continua com as regras normais e qualquer diferenciação ocorrerá somente em interpretação e ambientação.

Aliás, ambientação é a terceira solução, e para mim a melhor. Nela, o Mestre mantém as regras normais também, mas trabalha na diferenciação dos personagens que passaram do limiar através de acontecimentos voltados à interpretação.

Um dos PJs se torna um rei ou imperador, outro talvez se torne o representante máximo de uma religião no mundo, ou passa a ser citado como o maior lutador no seu estilo de luta. Assim, os PJs passaram um limiar, notarão que passaram por um momento divisor de águas, mas esse se dará mais no reconhecimento definitivo de seus feitos anteriores, na sua consagração, do que em regras que não demonstram tal fato.

O guerreiro continuará tendo praticamente o mesmo poder de antes, e não haverá feitos demasiadamente sobrehumanos creditados a ele. Ele continua sendo tão poderoso, mas tão frágil como era antes, mas agora há um reconhecimento de sua capacidade.





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