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"Se um grifo não consegue se destacar no jogo, um gato não vai conseguir"

-jogador de um personagem cavaleiros dos céus, sobre o comentário do Mestre de que o gato da maga não estava tendo muito destaque nos jogos


Por Zell

domingo, 6 de março de 2011

Os andarilhos: Ir para casa também é um desafio

Lar doce lar! Ter motivações para ir para casa... isto é, se o personagem tiver uma casa... é algo que as vezes não passa pelas cabeças dos jogadores. Será que ter uma rotina exaustiva de anos fora de casa combatendo monstros e desafios não deixará alguém cansado disso tudo alguma hora ? Mas muitas vezes os próprios personagens que criamos para um mundo de fantasia medieval ou mesmo num universo atual não tem para onde retornar. São andarilhos que se refugiam em qualquer motel ou estalagem de beira de estrada e muitas vezes a única coisa que chamam de família é seu grupo composto por pessoas que ele aprendeu a conviver depois de muito tempo de caminhada, as vezes nem mesmo é um grupo e sim apenas um irmão que lhe acompanha em todas as batalhas enfrentando monstros, pesquisando, se disfarçando e salvando vidas. O que podem chamar de família. Num RPG também tem disso. Pois os personagens são imbuídos com deveres e tentam sobreviver ao mar de barreiras que são impostas a eles e nem sempre essas barreiras são vencidas facilmente e quando se tem alguém junto para contar ao longo da estrada , por mais que estejam arriscando suas vidas todos os dias, eles tem alguém onde podem se apoiar. Afinal um bom flanco  e um bom entrosamento de equipe é mais eficiente do que o mais grosso calibre de uma arma.

Saindo dos típicos antecedentes de personagem nos quais eles tiveram sua família arrasada por uma grande matilha de lobos ou ataque de um necromante maligno os personagens também merecem ter um passado digno no sentido de que deve ser bem estruturado. De que vale ser o Guerreiro das espadas mais esvoaçantes que a cada ataque mata quatro trools com apenas uma espadada se ele é um Zé-Ninguém que nunca teve nada para contar ?? Está certo que podem haver casos em que realmente o personagem teve um passado desgraçado cheio de magoas e não tem nada para trazer de seu passado a tona. Em vez disso ele tem um futuro brilhante para perseguir, talvez esse seja um dos objetivos principais desse guerreiro que busca um reconhecimento diante todos, ou ao menos de seu grupo. 

A casa de um andarilho muitas vezes será no brado de sua espada, no colchão de palhas improvisado na floresta, no vinho passado a vinagre antes de dormir, nas mãos de uma meia-elfa que provavelmente vai te arrancar mais moedas do que imagina enquanto dorme... As vezes nem tudo sorri para um aventureiro, para um caçador de recompensas ou para um caçador de criaturas sobrenaturais e ter um lar é mais desafiador do que qualquer monstro que possa encontrar em seu caminho.

Um grande abraço, Luke





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Gabriel Mueller - Joga RPG há 7 anos e é fã de Storyteller e cenários apocalipticos. Seu mundo gira em torno de Reinos de Ferro e Mundo das Trevas. Acha o RPG simplesmente fantástico! Estudante de Ciências da Computação na UFRGS e Técnico em Eletrônica. Faz teatro e escreve nas horas vagas.




2 comentários:

Na minha opinião os aventureiros "sem-teto" são os mais legais. Além da sugestão clichê da busca por vingança constante nos seus backgrounds, outro aspecto interessante é o fator anti-social da personalidade do PdJ. Olhou torto ou fez gracinha, toma uma sarrafada! :)

Ótimo post, Luke!

Sejam sem tetos, mas sempre um vazio os contorna.

Obrigado pelo comentário, e seja bem vindo ao Escudo do Mestre!

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