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"Se um grifo não consegue se destacar no jogo, um gato não vai conseguir"

-jogador de um personagem cavaleiros dos céus, sobre o comentário do Mestre de que o gato da maga não estava tendo muito destaque nos jogos


Por Zell

domingo, 27 de março de 2011

Trabalhando os valores morais dos personagens pouco a pouco

Ainda que sejam normalmente os Personagens dos Jogadores bondosos que tenham valores morais definidos, provavelmente todos têm (ou deveriam ter) seus próprios valores e códigos de conduta.


Mas mesmo que o tenham, quantas vezes surgem em jogo oportunidades de trabalhar esses valores?



Nesse post vou dar algumas sugestões.





Trabalhe colocando dilemas no jogo



O Mestre tem que notar que se não surgem oportunidade no jogo para os jogadores trabalharem seus valores, eles nada mais serão que uma característica vaga sobre o personagem (tão importante como ele preferir cerveja a vinho, ou ter uma música preferida). Se um ou mais PJs têm uma conduta moral bem definida, crie oportunidades de trabalhá-la.



Dilemas são uma boa maneira, mas o Mestre deve ter cuidado para começar levemente e não colocar tais oportunidades com frequência, senão o jogador do personagem com suas próprias regras de comportamente vai ficar com impressão que o Mestre só quer prejudicá-lo.




Modere, colocando dilemas mais simples



Não comece colocando o PJ que possui um código de combate, no qual nunca luta com inimigos possuindo um número maior de lutadores, tendo de enfrentar um número pequeno de ogres, que são pequenos mais muito poderosos. Se o fizer, a chance de o grupo falhar ao proteger o vilarejo do ataque ogre é muito grande, pois a grande vantagem do grupo seria dispor de alguns dos camponeses para ajudá-los. Futuramente, quando o jogador tiver trabalhar seu código diversas vezes e tê-lo mais claramente formado, coloque este dilema.



No início do jogo o jogador não saberá bem se seu código de luta deve ser seguido à risca, não podendo haver mais aliados mesmo que o inimigo seja muito poderoso (um código cruel, convenhamos, imagina enfrentar um dragão sozinho!), ou se pode-se relativizar o poder do inimigo. Será que aspectos que não sejam combatentes contam? Fazer emboscadas, com um número menos de combatentes não parece tão ou mais desonroso que lutar em vantagem numérica?



São questionamentos que podem surgir em diversas situações ao longo do jogo, mas de forma gradual.



No filme O Livro de Eli o protagonista (digamos que alguém bondoso genericamente, que preocupa-se com o bem-estar do próximo) vê-se diante de um dilema ao ver uma garota sendo atacada na estrada por um grupo de motoqueiros. Porém, o mundo de Eli é pós-apocalíptico e cruel, onde a maioria das pessoas preocupa-se apenas consigo, e mesmo que ele não o faça, sabe que enfrentar um bando inteiro sozinho é morte certa, então fica repetindo a si “não é da sua conta, siga em frente, não é da sua conta, siga em frente!”



Até essa cena, não fica tão claro o quanto o protagonista é preocupado com outras pessoas, mas em uma cena, um dilema, isso fica muito bem explícito.



Usando outro exemplo, do mais que conhecido Star Wars, o dilema vivido por Anakin ao apaixonar-se por Padme enquanto o código jedi proibe, é muito bem trabalhado pois vai ocorrendo pouco a pouco, até culminar em uma gravidez que seria uma afronta ao código.



Outros valores mortais, códigos e dilemas



Algumas outras idéias e possibilidades que pode-se pensar. Apenas lembre-se de ver se não parecem muito difíceis de tomar decisão, e coloque-as de acordo com o quão desenvolvidos e bem consolidados estão os códigos e valores dos PJs.



Um paladino deve respeitar autoridade e não promover, digamos, desordem pública, mas e se o prefeito da cidade é um nobre que abusa de seu poder cobrando impostos abusivos? O código do paladino que também deve ajudar os oprimidos pode entrar em conflito.



Até que ponto o personagem que jurou lutar com sua vida por seu reino e o rei que representa, não acha que o plano de revolta de parte da nobreza não é uma boa opção, já que o rei se tornou corrupto e desvaloriza o próprio povo?



A fidelidade de um dos PJ com seu mestre pode ficar abalada conforme ele vê que tudo aquilo que seu mestre ensinou-o é constantemente desvalorizado por ele, como se seus discursos fossem apenas fachada ou da boca pra fora.



Não roubar, mas e se o único meio de conseguir comida para sobreviver, após ter sido escravizado, for roubar umas frutas na feira?




Ai estão algumas idéias, mas certamente os Mestres terão muitas outras e saberão usá-las de forma adequada para desenvolver bem os valores morais de seus jogadores.




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