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"Se um grifo não consegue se destacar no jogo, um gato não vai conseguir"

-jogador de um personagem cavaleiros dos céus, sobre o comentário do Mestre de que o gato da maga não estava tendo muito destaque nos jogos


Por Zell

terça-feira, 1 de março de 2011

Que comecem os jogos I – motivos que levam a se tornar um gladiador

Na primeiro post da série Que Comecem os Jogos, vou abordar que motivos levariam personagens (principalmente dos jogadores, mas não somente eles) a se tornar gladiadores.

Tornando-se um gladiador

Os gladiadores que tradicionalmente conhecemos chegavam a esta posição como forma de punição, seja por crimes que cometeram, seja por terem se tornado prisioneiros de guerra. Embora se pense em crimes como assassinato ou roubo, há uma imensa gama de delitos que poderiam levar um indivíduo à escravidão e, a partir dai, à atuação como gladiador.

Na Roma Antiga, cidadãos endividados poderiam tornar-se escravos temporariamente, afim de pagar suas dívididas, como é o caso do amigo de Spartacus da série Spartacus: Blood and Sand. O outro caso, que como já citado são o exemplo mais conhecido, são prisioneiros de guerra, que tendo uma boa aptidão física ou conhecimento de batalha era treinado e financiado por um comerciantes especializado nesta área, um lanista.

Em mundos fantásticos, as guerras entre reinos e raças pode fazer dos Personagens dos Jogadores escravos, já que são poderosos, habilidosos nas lutas e proporcionariam bons espetáculos. Se o grupo inteiro de PJs fosse capturado e escravizado, poderiam ser obrigados a batalhar juntos contra outros grupos de gladiadores, ou contra monstros terríveis, demonstrando o entrosamento e trabalho e equipe adquiridos em anos de aventuras.

Os espetáculos romanos possuindo lutas entre grupos, com veículos, e a arena do Coliseu de Roma era até mesmo enchido de água, imagina o que pode-se pensar em mundos fantásticos! Lutas contra animais selvagens, como leões ou rinocerontes também exisitiam, então pensar em monstros enfrentando valorosos lutadores é uma boa possibilidade.

Pense em criaturas exóticas como trolls ou ogres, e dependendo dos recursos e poderio da cidade, dos administradores da arena e dos jogos, onstros mais poderosos e exóticos, como gigantes, quimeras ou beholders! Seria preciso mais que escravos maltrapilhos e despreparados para enfrentá-los, e colocar os grupos de aventureiros seria uma boa pedida.

Bastidores do comércio

Se gladiadores são comuns em seu mundo de jogo, provavelmente haverá todo um comércio (formal e informal) para adquirir, treinar, vender e comprar gladiadores. Mercados de escravos destacando indíviduos com potencial para se tornar gladiadores, “olheiros” espalhados por estar praças, além de guildas de mercadores e escravistas são o primeiro ponto a se pensar.

Outra possibilidade são grupos mercenários contratados para realizar emboscadas contra grupos de aventureiros afim de capturá-los e transformá-los em gladiadores. Grupos com indíviduos peculiares (seja pela raça, cultura, ou pela carreira que segue) seriam os mais cobiçados, por chamarem mais a atenção na arena. Imagine a clássica emboscada na estrada complementada com os jogadores descobrindo que os atacantes não querem apenas o ouro dos aventureiros.

Se a escravidão por dívidas existe, pode haver guildas ou grupos especializados em administrar a questão, estipular tempo de servidão etc. Talvez o ladino do grupo se envolva com essas guildas, ou alguém decida investir o dinheiro ganho em aventuras na compra e venda de gladiadores.

Além disso, se os PJs forem assaltados, ter que pagar dívidas pode levar à escravidão voluntária (embora seja raro, mais fácil seria enfiar-se na próxima ruína em busca de tesouros). Mais facilmente, seria um dos PJs encontrar um familiar que há muito não via, e descobrir através dele que eu irmão, tio ou mesmo pai recebeu uma intimação para sanar sua dívida com trabalho como gladiador, que poderia ser feito pelo personagem.

Religião ou cultura

Outra possibilidade é pensar na função de gladiador como uma atividade cultural ou religiosa. Um reino pode ter como costume que seus grandes heróis, sejam cavaleiros, arqueiros, enfim, guerreiros em geral, demonstrem em público sua bravura e poder. Imagine heróis como Aquiles ou Heitor de Tróia realizando espetáculos constantes ao seu povo. Com essa idéia, gladiadores teriam ainda mais respeito e valorização, pois encantariam o público sem estar sujeitos à condição de servidão.

O Mestre pode expandir a idéia pensando em intrigar em torno desse tema, como adversários do herói do reino perdendo lutas propositalmente, pois o rei ordenou que o herói não deve ser ferido já que uma guerra se aproxima.

Se o aspecto religioso estiver presente, pode-se destacar o valor místico do lutador-gladiador. Deuses de guerra, bravura e força podem ser honrados em grandes espetáculos, com seus clérigos e devotos lutando em honra ao estes deuses. Pode-se pensar em ordens religiosas especializadas no treino desses devotos em especial.

Como de costume, coloquei apenas algumas idéias que me vieram, que estão longe de esgotar as possibilidades. Contudo, no próximo post abordarei como o gladiador é mostrado no cinema com diferentes roupagens, que pode ajudar os Mestres a tirar a imagem do gladiador romano da mente.




2 comentários:

Se não me engano o D&D tem até um cenário que foca bastante em gladiadores(o Scales of War) e algumas das Dungeon Magazines falam bastante sobre o tema, mas realmente ficou interessante seu artigo, me fez pensar também na possibilidade dos jogadores virarem treinadores e financiadores de gladiadores para ganhar uma graninha extra.

Obrigado pela dica!

Sim, e imagine se esse investimento ajudar na relação com NPCs aliados e seguidores (ao invés de escudeiro ou ajudante, um gladiador respeitável).

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