Publicada a partir de 1977 na revista 2000 AD, Judge Dredd um dos melhores HQs que já tive o prazer de ler, o que infelizmente não justifica a péssima adaptação que teve para o cinema, em 1995 (aquele com o Stallone no papel de Dredd).
Felizmente, ano que vem sai uma nova adaptação (cuja última imagem desse post é do pôster de divulgação), a qual espera-se ser mais fiel a HQ, ao menos no que diz respeito à violência pesada, já que, como a imagem abaixo mostra, não está esteticamente fiel (a moto do filme do Stallone, e o uniforme, ao menos, eram mais parecidos).
Vou fz um review de Dredd, embora faça anos que tenha lido, creio que ainda lembro dos pontos mais interessantes.
O cenário
O mundo é um local no futuro, no ano de 2139, onde a tecnologia é avançada, embora guarde bastante semelhanças com a dos tempos atuais. Os Juízes usam uma arma que possui múltiplas funções e uma grande variedade de munições, a a moto que utilizam como veículo é algo que sempre me chamou atenção, sendo esteticamente muito interessante e intimidadora.
Nesse cenário há menos cidades, embora cada uma seja imensa e abrigue uma população ainda maior. São chamadas de megacidades, sendo a principal, a Mega City One.
Em locais tão populosos, a violência urbana cresceu muito, o que fez que ao longo dos anos o sistema de justiça se modificasse, concentrando o poder nas mãos dos chamados Juízes, que são como policiais que tem a autoridade de julgar infratores na cena do crime, e aplicar imediatamente a punição, inclusive a morte.
Dredd é uma grande criação e um ótimo exemplo de anti-herói, fazendo o certo do jeito errado. Levando a lei ao pé da letra, não costuma relativizar situações e prendeu tantos criminosos, e combate o crime de forma tão determinada, que se tornou uma lenda viva, o Juiz mais respeitado por seus colegas, e temido por seus inimigos.
Dredd e os demais juízes combatem os mais variados tipos de criminosos, incluindo organizações, indivíduos corruptos, e até alguns juízes renegados, embora estes últimos serem mais raros.
O lance dele ter sido clonado, que aparece no filme de 1995 não existe nos HQs, e é só uma das tantas viagens do filme. A outra é logo no início Stallone retirar o capacete e mostrar o rosto, o que não acontece no HQ, sendo o rosto de Dredd um grande mistério.
Outro ponto que o filme traz é colocar um grande robô como inimigo de Dredd, que é chamado no filme de ABC, que teria sido usado em guerras no passado. Acontece que o robô é de um outro HQ, também publicado pela 2000 AD, os ABC Warriors. O que é apresentado no filme é muito parecido com o líder dos ABC Warriors, o Hammerstein.
De qualquer maneira, como há o encontro de juízes com robôs ABC no HQ, isto não chega a ser uma viagem total, e a versão do Hammerstein no filme ficou ótima, e quase salva o filme.
E se tratando de crossovers, Dredd tem várias outras, sendo que me lembro bem quando ele caça, juntamente do Batman, o vilão Joker (não gosto do nome Curinga).
Porém, nunca gostei muito de crossovers, principalmente esses que parecem juntar personagens e mundos tão distintos.
Bom, esse era o review de Judge Dredd, e quem sabe não faço um dos ABC Warriors futuramente.
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